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Criado: Quinta, 09 de Junho de 2016, 15h13 | Publicado: Quinta, 09 de Junho de 2016, 15h13 | Última atualização em Segunda, 14 de Mai de 2018, 16h52

Resumo Biográfico do Marechal SETEMBRINO DE CARVALHO

 "Patrono da Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Exército"

 O Marechal Fernando Setembrino de Carvalho nasceu em 13 de setembro de 1861, em Uruguaiana - RS. Aos dezesseis anos assentou praça no 12º BI, em Porto Alegre , e, logo após, requeria matrícula na Escola Militar do Rio Grande do Sul, concluindo o curso de Artilharia em janeiro de 1882. Mandado apresentar-se à Escola Militar da Corte em março do mesmo ano, a 5 de setembro era declarado 2º Tenente e classificado no 2º Batalhão de Artilharia a Pé. Já em 1884 concluía o curso de Estado-Maior de Primeira Classe e o de Engenharia Militar, recebendo o grau de bacharel em matemática e ciências físicas. Em seguida, foi classificado no 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, em São Gabriel – RS (herdeiro do velho "Boi de Botas" da Guerra da Tríplice Aliança).

 Atuou como engenheiro na construção de quartéis e fortificações no Rio Grande do Sul. Transferido para Uruguaiana, aí servia quando ocorreu a proclamação da República. Desde 1885 aderira à causa republicana sem alterar, porém, sua conduta fiel de militar. Com a eclosão Federalista veio a comandar o Batalhão de Infantaria "Defensores da República", integrante da “Divisão Oeste", organizado para defender Uruguaiana das tropas federalistas. Nomeado para o 2º Batalhão de Engenharia, em março de 1906, provocou a iniciativa de construir-se a estrada de ferro estratégica Porto Alegre - Uruguaiana, de alta expressão para a economia gaúcha. Foi promovido a tenente-coronel em abril de 1906, e assumiu o comando do 2º BE, passando em julho de 1907 à construção do ramal ferroviário Cruz Alta - ljuí. Já em 1908 assumia a construção da linha telegráfica São Vicente - Santiago do Boqueirão.

O General Setembrino de Carvalho (quarto da direita para a esquerda),
em frente a um vagão da São Paulo – Rio Grande

 

Em 1910 foi convidado pelo Marechal Hermes da Fonseca, então candidato à Presidência da República, para exercer a chefia do Gabinete do Ministro da Guerra. Promovido a coronel no mesmo mês, foi mantido pelo novo Ministro, General Vespasiano Gonçalves de Albuquerque, em 30 de março de 1912. Nomeado comandante da então 4ª Região Militar em Fortaleza, foi logo a seguir designado interventor no Ceará em meio a grave crise. Conseguiu apaziguar o padre Cícero Romão Batista (março de 1914) e fazer com que ele e seus seguidores voltassem para Juazeiro. Logo a seguir, em abril, foi promovido a General-de-Brigada.

O General Setembrino (sexto da direita para a esquerda) junto a um dos aeroplanos
utilizados pela primeira vez em operações militares no Brasil.

 

De volta ao Rio, foi incumbido pelo Ministro da Guerra de tratar da pacificação da luta em Palmas (Campanha do Contestado – 1914/1915) que se estendia desde 1840, liderada por José Maria de Agostinho, o "Monge". Entre 1912 e 1914 haviam sido enviadas seis expedições com tropas do Exército. Todas fracassaram. Para cumprir essa missão, no período de 12 de setembro de 1914 a 9 de março de 1915, comandou a 11ª RM, em Curitiba - PR, unidade da qual se originou a 5ª RM/5ª DE. Em seguida, assumiu o comando da 2ª Circunscrição Militar, criada pelo Aviso do Ministro da Guerra Nr 652, de 28 de abril de 1915, para pacificar os estados do Paraná e Santa Catarina. Graças à sua habilidade e atuação exemplar, os rebeldes foram completamente derrotados até dezembro de 1915, quando regressou ao Rio.

Setembrino durante a Campanha do Contestado

 

Promovido a General de Divisão em janeiro de 1918, foi mandado comandar a 2ª Divisão de Exército em Niterói. Em 1º de julho de 1922, foi nomeado Chefe do Estado-Maior do Exército pelo Presidente Epitácio Pessoa. No levante dos Fortes de Copacabana e do Vigia, Escola Militar e alguns efetivos da Vila Militar foi chamado a intervir. Dirigiu-se ao Realengo, encontrando a Escola Militar já sob controle. Instalou um QG de operações em Deodoro de onde comandou a repressão. O movimento terminou com o episódio na Avenida Atlântica, envolvendo os 18 do Forte.

Em novembro de 1922, Arthur Bernardes, empossado na Presidência da República, designou-o Ministro da Guerra. Em 1923, surgia no Rio Grande do Sul novo conflito armado. Fracassada a tentativa de armistício e agravando-se o conflito em todo Estado , decidiu Bernardes encarregar da missão o General Setembrino. Chegando em Porto Alegre , Setembrino promoveu o entendimento entre as partes em conflito, obtendo o armistício com o "Pacto das Pedras Altas", na estância de Assis Brasil, em 14 de dezembro.

Promovido a Marechal em abril de 1924, viu-se diante de novo movimento, iniciado no dia 5 de julho, com focos em São Paulo , Amazonas e Sergipe. Fez face aos revoltosos, comandados pelo General lsidoro Dias Lopes, conclamando-os por meio de dois manifestos à rendição e isentando-os de culpa. O Marechal Setembrino afastou-se da vida pública em 1926. Continuou morando no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, vindo a falecer no dia 24 de maio de 1947, aos 85 anos de idade.

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